lunes, 14 de noviembre de 2011
Mesa redonda sobre la influencia oriental en la obra de Jorge Luis Borges en la Fiesta Literaria Internacional de Pernambuco (Fliport) Brasil
Este fue el tema del panel que se reunió en la tarde del domingo 13 de noviembre, al biógrafo de Borges, Edwin Williamson, y los traductores y Mamede Jarouche Ioram Melco, en la carpa principal de la Fiesta Literaria Internacional de Pernambuco (Fliport), con la mediación del profesor Rogério Pereira.
Edwin Williamson explicó que el autor tuvo contacto con los "mil y una noches" como un niño. Una copia de los cuentos árabes, con la traducción del aventurero inglés Richard Francis Burton fue parte de la vasta biblioteca del padre del escritor. Y la fascinación de Borges con la mitología y la cultura oriental, entre otros factores, lo llevaría al camino de la literatura fantástica.
Borges trouxe o 'fantástico' para a literatura da América Latina
É a tese que Edwin Williamson, biógrafo do argentino, defendeu na Fliporto.
Ele esteve em painel sobre a influência oriental na obra do autor portenho.
O que um escritor latino americano tem a ver com a obra que trouxe exotismo e magia do mundo árabe para dentro do imaginário ocidental? Quem conhece o trabalho do argentino Jorge Luis Borges sabe que ele sofreu uma decisiva influência de “As mil e uma noites” – sim, a origem de personagens tão populares como Sinbad e Aladin.
Esse foi o assunto do painel que reuniu, na tarde deste domingo (13), o biógrafo de Borges, Edwin Williamson, e os tradutores Mamede Jarouche e Ioram Melcer, na tenda principal da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), com mediação do professor Rogério Pereira.
Edwin Williamson é um professor inglês de literatura e pesquisou durante nove anos a biografia do contista e poeta portenho para produzir o livro “Borges, uma vida”. Ele explicou que o autor teve contato com as “Mil e uma noites” quando era criança. Um exemplar dos contos árabes, com tradução do aventureiro britânico Richard Francis Burton, fazia parte da vasta biblioteca do pai do escritor. E o fascínio de Borges pelas mitologias e pela cultura oriental, entre outros fatores, iria levá-lo para o caminho da literatura fantástica.
Williamson lembra uma frase de Borges – “existem anjos como existem árvores” – para revelar o interesse do argentino pelo sobrenatural e pelo mitológico. “Isso possibilitou que ele fosse o primeiro a inserir o fantástico na literatura latino-americana, o que permitiria o surgimento de autores como Gabriel García Márquez”, especula o professor inglês.
O tradutor e escritor Israelense Ioram Melcer lembrou que “As mil e uma noites” trazem uma multiplicidade de narrativas e interpretações, assim como a cabala e a própria Bíblia – outras influências decisivas na obra borgiana. São narrativas que, muitas vezes, se assemelham a um jogo de espelhos, como no conto mais famoso do argentino: “O Alefh”, a descrição de um ponto compacto de onde pode se ver tudo o que se passa no universo.
O professor universitário e tradutor arabista Mamede Jarouche acredita que “As mil e uma noites” também foram importantes para Borges porque é uma da mais conhecidas coletâneas de contos da história: “ele numa escreveu um romance, preferia imaginar enredos para romances e resumi-los em textos curtos”. Assim como Borges, Jarouche também mantém um relacionamento estreito com Sherazade, a mulher que narra os episódios das “Mil e uma noites” ao rei oriental. Desde 2005, ele está empenhado num projeto para traduzir a obra diretamente do árabe para o português.
Fuente : Globo Nordeste
Roberto Beltrão
Foto: Roberto Beltrão/Globo Nordeste
http://g1.globo.com/pernambuco/fliporto/2011/noticia/2011/11/borges-trouxe-o-fantastico-para-literatura-da-america-latina.html
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